quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Sobre 2009:

Vai ficar conhecido para sempre na história da minha vida como:
_ O ano em que eu fiz as pazes com alguns dos meus demônios pessoais.
_ O ano em que eu deixei a medicina de lado.
_ O ano em que ouvi umas mil vezes que sou louca, e concordei: louca e retardada.
_ O ano em que eu fiquei com os caras mais absurdamente nada a ver.
_ O ano em que namorei.
E, finalmente:
_ O ano da franja!


P.S: Agora que já passou, não me canso de dizer: Ano ruim, ôôô ano ruim!

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Eu não sou mulher
queria ser.
Como todas as outras que conheço
Hetero ou lesbo
Feitas de carne, osso e desejo.

Mas eu sou criança
Feita de algodão doce
Tão falsa quanto o corante rosa.

Eu tenho medo de ser mulher.
Eu tenho medo de não ser mulher
A minha indefinição é que me mata
Estou sempre a meio caminho de ser coisa alguma.

Por que eu não tomo atitude?
Medo de crescer.
Medo de não poder voltar atrás.
Medo de perder.
Perder a criança
Perder tudo o que já foi puro ou bom
Medo de carne, osso e desejo.

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Final de ano

O que dá o tom aos finais de ano Belenenses é o início do nosso “inverno”. O cheiro de chuva e o clima mais ameno é o que desperta o meu relógio biológico para o espírito natalino e a euforia, ou melancolia, do final de ano.
Pode ser somente sensação térmica, mas para mim, Fevereiros são brutalmente diferentes de Agostos. Eu me sinto mais leve em Janeiro do que em Novembro. Não,não é culpa somente das pequenas variações climáticas, mas também do calendário escolar.
Talvez, quando me formar, a vida se transforme em uma grande e continua sensação de cansaço de final de semestre. Se assim for, ao menos restara o clima ameno dos tóros para me lembrar da passagem do ano. Para me lembrar de refletir e planejar, como manda o protocolo.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Campanha acaba 2009!

Eu quis brincar com a sorte, fiz pouco dela, achei uma gracinha divertida, e agora estou chorando as pitangas, enchendo o saco dos amigos.
Esse ano não foi muito legal pra mim não. Se me trouxe algo de bom, foi só o aprendizado...

sábado, 31 de outubro de 2009

O que importa é o que te quebra em duas cidades.

domingo, 18 de outubro de 2009

Poeta decadente da esquina da felicidade.

Aquele cara que vende as suas poesias pelos bares da esquina da felicidade me dá agonia.
A qualidade da impressão do trabalho dele melhorou com o passar do tempo, sinal de que tem sido um bom negócio.
Mas mesmo assim, aquele figurino, chapéu e terno, me fazem pensar em poeta decadente. Mesmo tendo quase certeza que com a situação do atual mercado literário, deve mesmo ser melhor vender porta a porta do que publicar um livro.
A questão é: a figura me lembra poeta decadente, e poetas decadentes são muito cativantes.
Quase me dá peso na consciência não gostar de nada do que ele vende. Quase

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Por mais que eu saiba a respeito de algo, eu nunca sei explicar.

Tipo quando eu tava no convênio e me pediam pra explicar o que eram fractais e eu ficava parecendo uma nerd desequilibrada falando e mexendo os braços.
Agora me perguntam porque é necessário alongar os músculos e eu fico parecendo uma desequilibrada mexendo os braços do mesmo jeito. O meu irmão até avacalha que quando eu for dar um diagnostico vou falar assim:
_ Você está...hum...é...doente! E tipo...hum...é grave. Mas tipo... hum...Como é mesmo? Hum (Mexendo os braços)... é...Sobreviver!
Preciso desenvolver alguma técnica pra explicar as coisas de maneira inteligível às pessoas.
Trauma de parecer uma nerd desequilibrada zerada!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sobre minhas obsessões idiotas.

Eu sou notoriamente fútil e obcecada. A minha incrível capacidade de ficar obcecada com uma idéia e focar nisso já me rendou bons frutos. E, bem, não vou dizer que minha futilidade também não tenha rendido, apesar de me render também crises de consciência, quando não dívidas mesmo.
De uns tempos para cá eu tenho acordado diariamente e repetido o mantra: “Marta, você não precisa de um blush novo, você tem blush e o seu blush não vai acabar tão cedo. Marta, você não precisa de um blush da MAC, muito menos DOIS!”
Isso porque todos os dias eu entro na loja virtual da MAC e fico namorando os blushs, fazendo planos para eles, imaginando nos 3 passando férias no Havaí (viajem!!!) numa vida de glamuor e perfeito efeito matte.
As cores? Bem, para usar durante o dia a dia seria a Fleur Power, e para a noite uma coisa mais forte, a Desert Rose. Se alguém que estiver lendo isso e por acaso quiser me ver feliz, não me dê flores, chocolates, jóias nem amor. Me de um desses dois blushs!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Arctic Monkeys - Humbug


Blá blá blá, as bandas têm que evoluir etc e tal... O meu medo, a cada novo álbum de uma banda que eu goste, é que nessa de evoluir ela perca a sua faísca, o que me fez gamar pela sua musica. O meu exemplo clássico de tal fenômeno é o Coldplay. Depois de “A rush of blood into the head” a banda nunca mais fez um álbum tão bonito.
Hambug é o novo álbum do Arctic Monkeys, uma das minhas bandas favoritas. A boa noticia é que os caras ainda soam como Arctic Monkeys. O álbum é muito bom. A má,é que falta porrada, o álbum é mais de musicas sombrias e uma hora ou outra acaba batendo uma saudade de “Still take you home” e outras musicas mais rapidinhas.
A graça dos macacos é a sua competência tanto em fazer musicas rápidas, dessas que incendeiam a galera, quanto musicas mais sombrias, e ainda uma ou outra baladinha meio fofa.
Ouvir um álbum dos caras sem as características mais punk rock, pra mim, é uma experiência incompleta. Fica faltando a adrenalina.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Miguel Nicolelis

Um dos maiores neurocientistas do mundo é também um homem emotivo. Foram várias as citações às crianças pobres que participam de seu instituto na cidade de Natal. Crianças que, em sua opinião, auxiliam na formação do país quando recebem oportunidades de aprendizado. "Lá, elas não são problema. Lá, elas são a solução." Sobre o perfil do bom cientista, ele surpreende. "Os grandes cientistas que encontrei são pessoas diferentes, não são os que têm a melhor nota ou são certinhos. Olham as coisas de uma maneira diferente."

terça-feira, 4 de agosto de 2009

terça-feira, 14 de julho de 2009

Eu só tenho acreditado em 4 coisas esses tempos:


Deus, que a medicina é a única coisa que vai me dar o que eu to procurando, no ideário sessentista dos Beatles e na melancolia (Mellon Collie) do Smashing Pumpkins.
E se eu sôo velha e ultrapassada, idaí? Os tempos em que vivemos são chatos, é aquele hedonismo imbecil que transformou todo mundo em plástico. São os tempos em que a revista semanal de maior circulação do país é porta voz de uma classe média tragicômica em seus padrões de consumo e comportamento.
Eu tenho que parar de ser idealista. De achar que dá pra concertar as coisas com boas idéias e intenções. Porque a realidade sempre vem me frustrando, porque as pessoas muitas vezes são uma merda sem motivo algum. Eu não posso me decepcionar com o mundo toda vez em que não for capaz de entender algo, toda vez que não puder compreender a injustiça da vida.
Se eu me deixar derrotar, e me trancar sozinha, eu e meus nobres pensamentos, vou me tornar uma chata (mais chata?) que só sabe reclamar. Não é isso que eu quero! Quero algum poder de transformar algo de fato, mesmo que esse poder seja apenas o meu trabalho de formiguinha, mesmo que em volta o mundo ainda me pareça absurdo e mesmo que nem tudo saia de acordo com meus planos.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

domingo, 28 de junho de 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Engraçado,

mas quando a gente se apaixona começa a dizer que fulano nos torna uma pessoa melhor, ou nos faz querer ser uma pessoa melhor, ou ainda, que fulano consegue extrair o melhor de nós.
Mas ai o negócio termina e a reclamação é: Eu dei o melhor de mim para o fulano e ele não valorizou.
Sempre esperamos alguém para ser o nosso “muro das lamentações”, (Wonderwall em Português fica bem menos bonito.) talvez porque sejamos preguiçosos ou idiotas demais para sermos pessoas melhores apenas por conta de nossa própria consciência.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Minha sorte no orkut...

Muitas das grandes realizações do mundo foram feitas por homens cansados e desanimados que continuaram trabalhando.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

12 de Junho

"O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver

Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu"
Cazuza

terça-feira, 9 de junho de 2009

E a minha musica favorita é:

Fluorescent Adolescent





You used to get it in your fishnets
Now you only get it in your night dress
Discarded all the naughty nights for niceness
Landed in a very common crisis
Everything's in order in a black hole
Nothing seems as pretty as the past though
That Bloody Mary's lacking a Tabasco
Remember when he used to be a rascal?

Oh that boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Not as daft as they seem
Not as daft as they seem
My love when you dream them up...

Flicking through a little book of sex tips
Remember when the boys were all electric?
Now when she tells she's gonna get it
I'm guessing that she'd rather just forget it
Clinging to not getting sentimental
Said she wasn't going but she went still
Likes her gentlemen to not be gentle
Was it a megadobber or a betting pencil?

Oh that boy's a slag
The best you ever had
The best you ever had
Is just a memory and those dreams
Weren't as daft as they seem
Not as daft as they seem
My love when you dream them up
Oh, where did you go?
Where did you go?
Where did you go? Woah.

Falling about
You took a left off Last Laugh Lane
You just sounded it out
You're not coming back again.
P.S: Eu tentei colocar o link pro video deles tocando no David Letterman mas simplesmente não saio... Vai ai, só colar e colar se se interessarem em ver:
http://www.youtube.com/watch?v=P1r2U_SGKW8
E a versão da Kate Nash:
http://www.youtube.com/watch?v=mvN0O7jkbQI

sábado, 6 de junho de 2009

"Tal banda até era legal antes de virar modinha."

Eu imagino o trabalho que dava descobrir bandas realmente novas antes da era da internet. O trabalho que dava encontrar álbuns obscuros, ler fanzines parcamente editados e se meter nos maiores buracos para poder ouvir banda x tocar ao vivo. Isso se você morasse em algum grande centro, pois acho que essas coisas nem chegavam a Belém do Pará (Eu to falando de rock, pelo amor de Deus não vai me achar que to dizendo que Belém não produz cultura!)
Nessa época, o “alternativo” era um herói desbravador. Algumas músicas, menos vendáveis às rádios, eram muito restritas aos já iniciados. Você tinha um certo grupo de pessoas e estes iam somando informações entre si. As tais das tribos, julgo eu.
Hoje é diferente. Vivemos numa era mágica onde você escuta uma musica, gosta, decora a melhor frase do refrão, joga no google, descobre o nome da musica e a banda e pimba, pode baixar a discografia completa dos caras para ver se essa é mesmo a sua vibe. É o fim do sofrimento, do obscurantismo. Não há mais o teor “herói” em não ouvir as musicas que tocam na rádio, só o teor “bom senso”.
Muitas pessoas não se conformam com essa facilidade toda. Tem gente que gostaria de estar na tal posição de desbravador das bandas independentes. E pra essas pessoas resta a eterna busca por novas bandas, e a freqüente decepção de perceber que algo que lhe apetece tornou-se mais popular. Pra esses caras restou a reclamação de que tal banda “virou modinha” ou que “os novos fãs são uma merda.”
Eu me considero mais generosa com o meu repertório cultural. Eu gostaria de ver o que considero bom disseminado. Por isso me atrevo a escrever um pouquinho sobre musica nesse blog que ninguém lê. E por isso estou sempre bem disposta a enviar uma musica via msn para alguém.
Eu tenho muitos amigos que ficam putos quando determinada banda toca em um filme, uma série de tv ou até mesmo na rádio. “Como assim eu gastei sei lá quantos dólares para comprar a discografia dessa banda, que só vende em 3 países da Europa oriental que ainda não aderiram ao euro, e agora está tocando na novela!!!” Juro que não entendo isso. Pra mm, música boa é música boa e sempre vai ter espaço no meu hd, mesmo que toque no programa do Raul Gil!
P.S: Meu conceito de música boa é esquizofrênico!

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Drops!

Bem, passada a minha febre de American Idol, meu mp3 voltou ao normal!


“The hot bomb!” tem sido Peter, Bjorn e John. Sério, eu devia bater um papo e tomar uma breja com esses Suecos, porque a vida amorosa deles deve ter sido um fracasso muito parecido com a minha de quando eu tinha 15, 16 anos.


A minha esperança de vida nova musicalmente falando esta depositada numa banda que eu escutei ouvindo podcasts da vida. A banda é “The phenomenal handclap band”. Eles são quentes, são cool e, milagre, não são ingleses. Mas por enquanto ta muito difícil baixar mais coisas deles, então não posso dar meu parecer final.


Eu odeio as apresentações ao vivo da Kate Perry, e odeio mais ainda a deselegância com que ela agiu na apresentação do American Idol (de novo!). Mas, fora isso, eu a considero uma “semi-diva”. As musicas inocentemente sacaninhas pegam na minha jugular, pois remetem a minha sensação patológica de inocência sendo perdida em meio a bagaça (?????? Nem eu entendi muito bem o que escrevi!). A pura verdade é que eu quase choro ouvindo “Waking up in Vegas” e pensando nos meus “partners of crime” e lembrando de tudo que eles me disseram.


De velharia, tenho ouvido Cazuza! Foda, foda e foda. Até coloquei um trecho de “Vida louca vida” no meu perfil do orkut. Eu sempre me perguntei por que, com a MPB tendo tão grandes poetas, sempre foi mais fácil para eu a identificação com rockeiros estrangeiros. Mas Cazuza alivia um pouco minha culpa. É poeta, é nacional e me toca o coração. De velho tem tido também Smashing Pumpkins e um pouquinho de The Cure.


Muita bagaceira rolando no meu mp3, apesar de simplesmente NÃO ESTAR SAINDO! Acho que nesse caso a bagaceira é abstinência de farra.


E para finalizar, parabéns a mim mesma! Por estar sendo disciplinada com a academia, com a alimentação, com o cabelo e com os creminhos e todas essas coisas que deveriam ajudar a transformar meninas feias em meninas bonitas.
E desparabéns por não estar sendo disciplinada com o refrigerante e pela minha vida ainda estar uma bagunça total.


P.S: Estou participando, também de maneira muito disciplinada por enquanto, da trezena de Santo Antônio. Se alguem tiver algum pedido por oração pode pedir, pois estou cheia de boa vontade de rezar pelas pessoas (Me sentindo uma santa intercessora escrevendo isso. Não me entendam mal! São meras intenções de ajuda, somente isso, nenhum rompante há de megalomaniaca católica nisso, juro!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Porque nessa vida...

Só quem se fode somos nozes...
E nunca as passas!


É amiga, sempre haverá algum inimigo nem tão imaginário assim a tentar puxar nossos pés durante alguma fria madrugada de carência emocional.

domingo, 31 de maio de 2009

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Uma citação.

"O primeiro passo para combater um pesadelo é manter os olhos bem abertos para as contradições da vida. Recusar simbolismos fáceis e redutores. Entender, por exemplo, que a mesma força motriz que disseminou antibióticos e curou doenças também gerou uma pandemia mortal de bactérias resistentes. Democratizou a informação e criou níveis insustentáveis de poluição neurológica. Aqueceu o planeta e tirou milhões de pessoas da linha de pobreza." CARLOS NADER

segunda-feira, 25 de maio de 2009

É no pagode!

E sinto falta de sair e ter uma noite épica, dessas que rendem histórias. Ano passado eu tava numa vibe maluca de sair todo o final de semana e ter sempre a sensação de estar vivendo o melhor tempo da minha vida. Nesse ano, porém, eu simplesmente estagnei. Do nada agora virei a ultima idiota solteira, que ainda por cima tem uma vida complicada e blá blá blá. Que merda!
Isso ta me fazendo mal. Além de toda a minha bagunça, ainda me preocupar em estar solteira, ainda por cima sentir saudades das minhas amigas quando estavam solteiras. Cara, ano passado eu tava bem com a idéia de que a pessoa fantástica que iria me fazer querer ficar quieta ainda não tinha aparecido. Eu tava muito em paz com a certeza de que era realmente muito nova para toda essa frescura sentimental. Agora não. Agora eu ando tentando achar pêlo em ovo, tentando forçar a barra em coisas que não existem.
Ao menos se isso fosse um movimento interno, alguma paixão espontânea, eu não estaria reclamando. Porém, eu sei que não é. É só carência. É foda saber que se quer algo pelos motivos errados.
Pra esse final de semana to esperando uma virada de maré. Lógico, rola um medinho básico de furarem e eu me frustrar. Mas sei lá, pelo menos para esse problema eu sei que a solução é uma mudança de atitude. Já para todo o resto não existe mastercard. Só o que me resta e por esperanças na tal mudança de atitude e esperar uma injeção de animo. Pra quem quer que esteja lendo isso: Deseje-me boa sorte!
P.S: O Kris ganhou! O Kris ganhou! O Kris gaaaanhooooouuuuuuuuu! Talvez as coisas boas e belas ainda tenham lugar nesse mundo! 

Basicamente, sobre tentar ser legal...

Sei lá, até bem pouco tempo atrás eu achava realmente que muita gente não ia com a minha cara por conta desse “sucesso” que é a minha vida. Mas eu já percebi que o problema é comigo mesmo! Quando eu fico na minha, sóbria e, por conseqüência, meio tímida, ainda assim algumas pessoas vão lá e empombam. Aceitar isso é um problema para uma pessoa que, como eu, sempre se esforçou excessivamente para agradar.
Mas sei lá, acho que to aprendendo uma coisa boa com isso. Tentar ser legal não é garantia de nada. Eu ainda acredito em tratar os outros do jeito como gostaria de ser tratada, mas pelo menos já me conformei pelas vezes onde isso não dá certo.

Solucionador de problemas

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Quanto mais você tiver que repetir, em voz alta para que outro ouça, uma verdade desagradável, mais verdadeira ela se tornará.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Nunca subestimem a minha capacidade de ficar obcecada por algo!

“There aint nothing that I wouldn't do
Go to the end of the earth for you
Make you happy make your dreams come true
To make you feel my love”



Podem me chamar de maluca a vida toda, mas pra mim (Ou eu, não sei! To com muito sono pra pensar em qual é o sujeito da oração) faz todo o sentido do mundo! Hoje foi a noite em que fiquei acordada até as 5 da manhã votando no meu American Idol. Porque na minha mente perturbada, a vitória do Kris é a vitória das coisas boas a bonitas sobre todo o resto. E eu preciso acreditar, ainda que por culpa de um reality show idiota, nas coisas bonitas e boas...

domingo, 17 de maio de 2009

My Idol is...

Se você não assiste American Idol, nada disso fará sentido.




Kris Allen!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Ele tinha tudo para ser um candidato a passar batido no Top 36. Os jurados já tinham os seus 3 favoritos, e ele não figurava na lista. Por sorte do destino o Matt Girard conseguiu cagar a noite e o Kris arrasou com Men in the Mirror. Confesso que fiquei P da vida, revoltada. Afinal ele deixou de lado o carismático pianista. Meu único consolo é que precisávamos de candidatos para serem eliminados cedo, sem que isso causasse estrago ao programa.
Então veio o Top 13 e ele se saio bem, mas me recusei a aceitar seu talento. Mais uma rodada de sorte, mas no final os verdadeiros talentos iriam prevalecer. Nessa altura, minha torcida era Danny. Alisson começava a arrecadar minha simpatia e em Adam eu reconhecia um grande talento, mas que não fazia meu estilo.
Com o passar dos programas o Danny se mostrou um cantor excelente, mas brega. Uma espécie de Archuleta 2, cujo talento como cantor não compensava o cafonice das escolhas. A Alisson se mostrou uma cantora ótima, mas que insistia em querer ser uma rocker antiquada, com cheiro de mofo. Essa temporada caminhava para ser uma das melhores do American Idol, e mesmo assim nenhum candidato conquistara meu coração.
Isso até o Top 9. O Kris destruiu com Ain’t no Sunshine. Simplesmente arrasou. Ele foi cool, moderno, escolheu uma música ótima e fez uma versão que dava vontade de ouvir no rádio. O que me impediu de virar fã de imediato foi a excelente apresentação do Danny na mesma semana. O Gokey ainda poderia dar uma virada no jogo.
Porém, o jogo continuou e o Danny voltou a cafonice habitual, o Adam continuou com grandes performances que nunca conquistavam meu coração. Era muito bom de assistir, mas um pouco enjoativo de escutar fora do daquele contexto. Quase que comecei uma torcida pela Ally por simples falta de opção. Então o Kris veio com Falling Slowly, não teve jeito. A performance perfeita, e a escolha de uma música excelente. Virei fã, revi todo o trabalho do garoto até aquele ponto na competição e fiquei viciada em seus estúdios.
O Kris é moderno, e ao contrário de Megan não dá aquela impressão de “Já vi isso em algum lugar do Reino Unido”. Ele tem bom gosto, ele trata bem suas músicas, faz arranjos bacanas, que encaixam em seu estilo. E o rapaz canta! Não tem o mesmo alcance vocal do Adam, mas nunca desafina, e tem uma voz tão bonita de escutar.
O Danny e o Adam foram super pimpados. Um desrespeito a Paula declarar logo no Top 13 que eles seriam os finalistas. Mas, até o Top 5 a pimpação aos favoritos não prejudicava o Kris, pois ele mantinha seu alto nível e com isso conseguia boas críticas. A partir desse ponto, Simon e cia começaram seus joguinhos para tentar cavar seus finalistas. Ele e Paula em cima de Danny e Adam, e a Kara por trás da Alysson. Isso me irritou, porque o Kris continuou indo muito bem, fez uma belíssima apresentação no Top 5 e o Simon teve a cara de pau de dizer que foi ruim, só para no outro dia retirar.
Nem a tão mal falada versão de Come Together eu achei ruim. E olha que essa é a minha musica favorita dos Beatles, sendo Beatles uma das minhas bandas favoritas. Eu adorei a guitarra mais pesada! Lógico, não foi o melhor momento dele, mas não achei um desastre, longe disso. O comentário do Simon sobre o dueto com o Gokey não só foi uma falta de resepeito, com uma total falta de bom senso. “Danny você é melhor que Kris.” Momento mais ridículo do Simon na temporada inteirinha. Ainda bem que Danny fez o favor de calar a boca do jurado com uma das piores apresentações do ano. Pura vergonha alheia o grito do Danny.
Na semifinal, todos os jurados estavam com uma imensa boa vontade em relação a Danny e Adam. Afinal, esta era a final dos sonhos dês do início. Novamente o Kris não foi toda essa ruindade que falaram cantando Apologize, a música é ótima e encaixou-se direitinho em sua voz. Não importou. Todo mundo ali achava que terceiro lugar já estava mais do que suficiente.
Kris então teve que fazer o impossível. Sobrepujar a pimpação meio gratuita em relação a Danny (Na minha opinião só em duas músicas ele não foi o rei da breguice!) e o espetáculo performático do Adam, nos entregando a melhor performance da noite, e na minha opinião, da temporada todinha. Ele destruiu tanto, mas tanto com Heartless, que nem o Simon conseguiu achar defeito, e olha que a má vontade do homem era imensa. Digo mais, se fosse em um Top 7 da vida o Randy teria aplaudido de pé, só não o fez para não pimpar.
O Simon não cansa de dizer que Kris foi a final por conta de |Heartless. Mentira! Ele foi por culpa de uma temporada perfeita, com músicas boas de escutar, vocais bem feitos, humildade e trabalho duro. Em um Top 4 cheio de cantores de voz potentíssima, ele foi só na manha e com estilo. E de todos os cds, provavelmente o dele vai ser o mais bacana de ouvir.
Eu não me importo se o Adam ganhar. Ele é fantástico no palco. Já estou feliz em poder ver o Kris fazer todas as apresentações, e de quebra calar a boca dos jurados. Eu sei que ele vai gravar um cd, e vou estar lá, na maior expectativa por um trabalho incrível, como tem sido sua temporada nesta American Idol. Mas que ia ser incrível ver meu candidato do coração ser coroado, contra tudo e contra todos, ia sim!

sábado, 16 de maio de 2009

Maluca, maluca.

O meu sentido favorito é o olfato.
Adoro cheiros! Conhecer o perfume das minhas amigas é uma questão de segurança emocional. Aqui em casa, eu sou a patrulha do perfume, se a mamãe sai sem ele eu reclamo. Se o Lucas sai sem perfume eu reclamo! Eu passo boas horas do meu tempo livre pensando em perfumes para as pessoas de quem eu gosto. Se eu tivesse dinheiro para tal, daria perfumes em todos os aniversários.
Não me levem a mal, mas eu sou maluca obsessiva pelas coisas que gosto. Não me basta apenas gostar de passar perfume, eu tenho de encher o saco das pessoas falando disso. É a mesma coisa com cinema, não me basta apenas gostar de um filme, toda vez que chego em casa do cinema tenho necessidade de procurar criticas publicadas a respeito do filme. Se eu não ficar 3 dias falando dele para todas as pobres almas que me rodeiam, então não foi uma experiência completa. Com musicas eu sou assim, ouço a mesmíssima música o dia todo. Não vou nem entrar no campo da medicina, porque ai eu simplesmente sou chata e reconheço. Toda vez que penso estar me controlando, vem alguém e comenta “Mas tu falas muito a respeito da medicina né.”.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fofoletes da minha vida.



Final do convênio, eu me lembro bem, aquela melancolia no ar, aquela incerteza em relação ao destino. Chorei muito nessa época de minha vida. Pressão absurda do vestibular, incertezas a respeito do futuro, um mundo totalmente diferente a espreita. Ninguém sabia muito bem o que iria acontecer, quem ia passar no vestibular, quem não, quem iria permanecer amigo, quem iria desaparecer.
Eu tive sorte de ter feito convênio na melhor turma que o colégio Santa Catarina de Senna já teve, tanto em resultados como em atitude. Quase sem exceção, todas aquelas pessoas valem uma saudadezinha. Nem que seja de uma piadinha feita 5 horas da tarde, véspera de simulado, a respeito do vestibular de alguma faculdade particular.
Mas, de todas as incertezas, a mais dolorosa, até mais do que a do resultado do vestibular em si, era a incerteza quanto ao futuro das minhas amizades. Especificamente, a incerteza quanto ao futuro das Fofoletes. Logo eu, que sempre fui a mais distante, a mais na minha, a que disfarçava qualquer sentimento com gracinhas e a que muitas vezes preferia interagir com todo mundo menos com as garotas da minha vida. Eu jurava que iria ser a primeira de quem iriam esquecer.
Hoje, quase 3 anos depois, fico feliz em ver que não, que elas continuam sendo as garotas da minha vida, as mais legais, as mais bonitas! Que a gente continua firme e forte, do jeito que dá! E que, apesar de eu ser completamente maluca e desequilibrada, sempre que volto para CASA elas estão de braços abertos, tentando quebrar a minha casca e me fazer ver que eu não sou forte, que eu não preciso ser forte por todo o mundo e que também não preciso me envergonhar da minha fraqueza como um bicho ferido que se afasta da manada.
É lindo saber que me sinto ligada a elas hoje, mais do que antes. É lindo saber que apesar de nem sempre parecer eu as amo, todas, e as considero grande parte do meu sol.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Just a memory and those dreams.


A garota se sentou, tirou o sapato apertado, colocou os pés em cima da cama e abraçou os seus joelhos. Ela já não era mais tão garota, verdade. A vida batia na porta de sua casa, pedindo passagem, e o fato dela se fazer de desentendida não mudava nada, mais cedo ou mais tarde ela teria que atender ao chamado.
Ela se lembrou de um dia, alguns anos atrás, quando realmente ainda era uma garota. Foi numa tarde bonita, em Belém, tarde de outubro. Ela caminhou pelo centro, jogando conversa fora. Simplesmente andar e caminhar, se a companhia for boa, nada mais se faz necessário. Ele era a melhor companhia que se poderia pedir.
Infelizmente, ambos eram novos demais para perceberem o que estava acontecendo. Não que jovens não tenham malícia. Não era isso que lhes faltava. Era o simples saber a respeito do quão raras são as boas companhias, naquele patamar de entendimento.
Ao final da tarde caiu uma chuva leve. Eles se abrigaram em um ponto de táxi vazio. Os carros passavam, transito confuso. Ambos se olharam nos olhos e se viram um no outro. Sorriram. O momento estava perdido.

sábado, 11 de abril de 2009

Bar ruim é lindo, bicho

Me abri lendo isso!
Não me considero meio intelctual, meio de esquerda. Mas adoro um bar ruim, ainda mais quando o preço da cerveja ainda é razoável.




Bar ruim é lindo, bicho
Antonio Prata

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem).

No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão – é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

– Ô Betão, traz mais uma pra a gente – eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?).

– Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Volta.

Felicidade, para mim, é ver a noite passar em alta velocidade através das janelas do carro. Álcool no sangue, dor nos pés devido ao salto, talvez alguma aventura para contar e a cidade vazia. Mais do que a simples “bombação” o que eu gosto mesmo é de voltar pra casa!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

3 de abril

Estranho pensar a respeito de meus pais, pois tenho consciência da mudança que a chegada dos filhos causa na vida de um ser humano. Portanto, papai e mamãe que conheci são pessoas profundamente influenciadas pela minha presença no mundo, e eu nunca os conhecerei longe de tal contexto.
Sobre essa realidade, eu sinto uma inveja de todos aqueles que conheceram meu pai antes de mim. De todos os amigos, dos meus tios e até da mamãe. Porque eles têm muito mais material de convivência do que eu, com meus apenas 16 anos. Eles conheceram um lado do papai que eu queria muito ter visto. Meu pai jovem, garoto vindo de Macapá pra estudar medicina em Belém, apaixonado pela revolução comunista e tudo e tals. Acho que isso é pura saudade, que me faz querer ter mais coisas para lembrar.
Foi bem legal ser filha de um sujeito como ele. Um sujeito desapegado das formalidades. Um cara que nunca limitou suas conversas com os filhos por questões de idade, ele conversava conosco sobre assuntos cascudos tipo política como se fossemos bem mais velhos. Que nunca nos impediu de sermos seus amigos, apesar de sermos também filhos.
O papai não era um sujeito dado a demonstrações de afeto convencionais. Mas era tão obvio o quanto ele gostava de estar conosco, que eu nunca tive dúvidas de que ele me amava. E eu sinto saudades disso, dessa certeza absoluta. Saudades de meu grande companheiro. Hoje ele estaria completando 50 anos. Parabéns aí velho!

terça-feira, 31 de março de 2009

Backbeat the word is on the street
That the fire in my heart is out
I'm sure I've heard it all before
But I never really had a doubt

quinta-feira, 19 de março de 2009

"Navegar é preciso"

Meu signo. Pra quem acredita, ou não, em horóscopo. Eu me identifico muito com esse signo, independente de qualquer crença. Entoses aí vai um perfil básico, tirado do site do uol.


Um ciclo se encerra - algo se extingue ao mesmo tempo em que se pressente o nascimento de algo novo. O navio que singra os mares vastos é símbolo também desse signo, o último da série do zodíaco. É preciso partir, embora não se possa enxergar com clareza o rumo a ser seguido. Não faz mal: os Peixes sempre sabem para onde se deve navegar. È este o signo que escuta os rumores do infinito, que segue o pressentimento, chegando humilde no porto -e sem fazer alarde, dá exemplo de grande misericórdia. Nesse navio, sempre cabe mais um, porque todos podem ser salvos, aliás, todos serão salvos.

O tema da salvação e da perdição, a figura do santo e do louco, ambos fazem parte do simbolismo de Peixes, que está sempre na fronteira de dois mundos. Aqui, se aprende que tudo termina no mar - o oceano recebe todas as águas, todos os detritos da civilização também. Sem julgar, ele recebe o que já útil, tragando em suas águas as memórias de centenas de histórias extintas. Para cumprir essa tarefa de extrema compaixão por todas as formas de vida, Peixes é maleável, versátil.

É um signo mutável, realmente. Segue com os ventos, que empurram as velas do navio. Isso Talvez seja esse o mistério que Peixes evoca por onde passa. Mas ele não fala, apenas acolhe, mistura todas as pessoas na festa e ela vira um sucesso. Antenado no infinito ele sabe presentear como ninguém - com seu ar distraído, pisando as estrelas, vai captando o que é impalpável, o que não se exibe com clareza - e depois, surge com o presente que fala direto ao coração de alguém. Mas exatamente por esta capacidade, peixes carrega, vez por outra, os detritos da humanidade, na forma de sentimentos e emoções alheias que vão se juntando ao seu sentimento.

Por vezes, a carga deste mundo é tão pesada que ele entende o que Cristo (cujo símbolo era um peixes, aliás), queria dizer quando falava "meu reino não é deste mundo". O reino de Peixes é o da arte, da música, da poesia, dos espaços siderais também. Viajante eterno, andarilho dos caminhos santos, pescador de almas perdidas, parece ter uma conexão direta com o reino imaterial, com as impressões e imagens. Daí usa a sua maravilhosa imaginação e seu enorme poder de sentir os espaços.

Em Peixes, tudo é grande, vasto, infinito. Tanto que, no reino animal o signo rege as baleias e os grandes seres do oceano, assim como os elefantes, que caminham sobre a terra. No desespero, Peixes se perde, já não sabe mais o caminho - desconhece quem é, se desintegra nas mil dores da humanidade e de toda a criação. Alma sensível, sabedoria inata, não quer convencer ninguém, talvez porque entenda tudo.

No fundo, perdoa a todos - e se não fizer um esforço para discriminar muito bem o que vive, acaba se fazendo mal. Peixes tende ao escapismo, pois como este não é bem seu mundo, ou tem dificuldade em encontrar um lugar claro para si nas esferas ordenadas da sociedade, termina muitas vezes optando por doar sua simpatia e amor ao que nada tem. É no hospital, no orfanato, no asilo que o Peixes está presente, fazendo as vezes de anunciador de um novo ciclo, barqueiro que ajuda a alcançar uma outra margem do rio.


Ao generoso Peixes, só cabe anunciar o sentido ou perguntar-se sobre ele.

Toda essa mistura de fantasia, pressentimento, docilidade e sabedoria termina compondo um ser atraente e misterioso. Romântico como ele só, cheio de lirismo, envolve quem ama com mil pequenas surpresas - e muitas vezes escolhe mal seu parceiro, para depois sofrer - Peixes tem uma pequena queda para o sofrimento.

No amor, usa e abusa de seu poder de descobrir o que não é revelado - mas não para controlar, mas para ter um encontro de alma mais profundo e completo. Por ser instável como o oceano, curioso e explorador, pode não se adaptar muito bem à vida do casamento, embora seja um dos amantes mais devotados do zodíaco.

Os Peixes regem os pés, que carregam todo o peso do corpo, limite mais humilde - e fundamental, pois são eles que nos carregam para toda parte. Sem prestar muita atenção onde coloca os pés, Peixes de tempos em tempos é lembrado de sua conexão com a terra por meio de afecções nessa parte do corpo. Aos poucos, sua alma antiga vai aprendendo que também é preciso manter os pés na terra para poder continuar anunciando o mundo que pressente.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Verdades por de trás de um hábito

Grande parte de quem somos é formada por nossos hábitos. Os meus, pelo menos, são bem sinceros a meu respeito. Mesmo os que odeio! Leva-se muito tempo para se tentar ser uma pessoa interessante. Bons filmes, boas músicas, opiniões sobre religião, política e futebol... Mas o dia a dia, se bem observado, te desconstrói, tira tua maquiagem, quebra teu salto, bagunça teu cabelo.
É difícil mudar um hábito, mais difícil ainda mudar um mau hábito. Parar de comer comida salgada no almoço, deixar de ser sedentária, estudar duas horas todos os dias, deixar de passar tanto tempo no msn e ir ler um livro... Todas essas coisas que me deixariam uma pessoa melhor. As coisas que me tornariam a pessoa que eu quero ser, e não simplesmente quem sou.
Tanta enrolação para dizer o quão difícil é te esquecer. Porque eu sou muito acostumada com a nossa pseudorelação, é muito familiar, muito segura. És uma solução deliciosamente fácil para os dias ruins, um sorriso garantido, as vezes até a tua indiferença é melhor do que o vazio de um nada.
Existem dias em que eu tenho que lutar com forças que vão além de mim para simplesmente não ceder ao alívio rápido da tua companhia. Porque eu sei que isso não é solução para nada, pelo contrário, é apenas um subterfúgio utilizado por uma criança que não sabe lidar com seus problemas. O alívio que proporcionas a minha solidão é apenas uma desculpa para eu continuar sozinha. Minha desculpa para sair dizendo aos 4 ventos que lido bem com isso, que não preciso de ninguém me regulando. Minha mascara de auto-suficiência.
Finalmente eu cansei da já tradicional frustração semestral. Não tenho mais paciência para esperanças vãs. Até para uma sonhadora como eu, chega uma hora em que se quer qualquer coisa concreta, nem que seja uma decepção com algum carinha que definitivamente não é como você.
Mas sabe de uma coisa? Você tem me ajudado a perder o costume. Porque toda a vez que a vontade aperta, eu tenho tomado a decisão de esperar você fazer algo. Surpreendentemente, você nunca faz nada! Isso renova as minhas forças, porque renova a minha certeza de que essa história é unilateral. Estou a passos de perder o meu pior hábito. Antes só do que apenas sem você!

domingo, 15 de março de 2009

Evangelização terrorista

Domingo de manhã, quando eu ainda estava de pijama, duas senhoras bateram na porta de casa. Elas eram da igreja Testemunhas de Jeová, e estavam a pregar o Evangelho. Eu me propus a ouvir a pregação, pois normalmente não tenho coragem de recusar alguém que bate na minha porta para falar a respeito de Deus. Elas citaram dois versículos do evangelho de São Mateus, para quem não esta familiarizado, 2 versículos são pequeninos trechos de um capítulo inteiro. A seguir um retirado de Mateus, capitulo 15 versículos 8 e 9:

“Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim; o culto que me prestam é inútil, pois a doutrina que ensinam são preceitos humanos.”

Antes de lerem o trecho, as duas simpáticas senhoras me fizeram uma pergunta: “Você acha que todo o tipo de adoração que você faz a Deus é de fato ouvida?” Porque, se você seguir a religião errada, nem toda a prece do mundo será suficiente para te salvar. Não bastava simplesmente fé.
Eu fiquei transtornada com a mensagem. Pela primeira vez em 20 anos de vida eu estava sendo ameaçada através de uma Bíblia, pelo novo testamento, aquele que narra a vida e morte de Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou pelos meus pecados.
Lendo o texto completo descobri que este cita Isaías, um profeta importante, portanto não são palavras do Messias em si. Ao ler todo o capítulo, eu vi que o tal versículo foi totalmente retirado de seu contexto. Basicamente o que acontece em tal passsagemé que Jesus responde aos Fariseus quando estes questionam que alguns de seus hábitos não seguem às tradições Judaicas. Jesus condena a hipocrisia de quem põem os preceitos religiosos acima da fé em si.
O que Jesus nos diz, ao longo de toda a Bíblia, é a importância de sermos verdadeiramente cristãos. Ser cristão é difícil, muito difícil. É difícil amar ao próximo, é difícil ter fé, amar a Deus sobre todas as outras coisas. Nada tem a ver com religião certa ou errada, tem mais a ver com como você conduz a sua vida.
Jesus afirma que ele É o templo. O importante não é ir à igreja aos domingos, andar somente de saia ou cortar os cabelos. O importante é Ele! Todos os pecados serão perdoados se você ao menos tentar ser cristão (eu acho que o único cristão verdadeiro foi ele, portanto, como meros humanos nós só podemos tentar.). O único pecado que não será perdoado é o pecado contra o espírito.
Toda terça-feira, tenho participado de um grupo de estudos bíblicos conduzido pelo Padre Cláudio, um italianão marrento que tem doutorado em comunicação e perde seu tempo lendo a bíblia com um grupo de leigos. Ele nos disse que a Bíblia é um texto bem claro, não existem armadilhas filosóficas escondidas (Eu discordo disso, existem partes que referenciam outros textos bíblicos ou elementos da cultura judaica da época, e fica complicadinho para se ter uma compreensão satisfatória sem a devida orientação. Sem contar as partes em que a simples mensagem em si é complicada!). E o que eu tenho lido nesses textos é a respeito de um Jesus que condenava a hipocrisia vigente entre os Doutores da Lei. Jesus Cristo, acreditem, era um sujeito subversivo, e por isso ele foi crucificado.
Infelizmente, eu tenho constatado também que muitos religiosos, especialmente na minha igreja, têm tomado tal papel de Fariseus para si. Quando eles se preocupam mais com o fato de jovens transarem antes ou depois do casamento do que com o fato de não serem missionários, eles estão dando mais importância à questões superficiais do que à fé.
Esse recurso perverso de isolar e distorcer o evangelho tem bastado para evitar questionamentos a respeito das doutrinas da igreja, assim como questionamentos internos nos próprios fiéis. Não há indagação a respeito de o que é, afinal, ser verdadeiramente cristão. Muitos se contentam somente em citar trechos de maior impacto, sem aprofundamento. Outros simplesmente se afastam, pois tais preceitos tão fervorosamente pregados estão muito distantes da realidade de suas vidas.
Jesus é um cara legal, a sua mensagem é atual. Esse grande olho que tudo vê, tudo julga e tudo condena não tem a ver com ele, mas sim com a nossa sociedade hipócrita. O que importa é a tua fé, o teu amor ao próximo e não o que tens feito sábado à noite.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Drops

Trecho de Young Folks, Peter Bjorn And John.


It doesn't matter what you did
Who you were hanging with
We could stick around and see this night through

And we don't care about the young folks
Talkin' 'bout the young style
And we don't care about the old folks
Talkin' 'bout the old style too
And we don't care about their own faults
Talkin' 'bout our own style
All we care 'bout is talking
Talking only me and you

Usually when things has gone this far
People tend to disappear
No one will surprise me unless you do

I can tell there's something goin' on
Hours seems to disappear
Everyone is leaving I'm still with you

It doesn't matter what we do
Where we are going too
We can stick around and see this night through




Eu conheci essa música dia desses, mas me lembrou uma boa época da minha vida. Bons tempos, 14, 15 anos, coisas legais aconteceram nessa época. Incrivelmente, todas as missas de 15 anos das minhas amigas eram eventos emocionantes, cheios de aventuras. E meu fotolog era muito mais visitado do que essa bagaça. Égua aquele fotolog me meteu no maior mal entendido de toda a minha vida. Acho que foi a coisa mais desagradavel que me lembro daquele periodo. Mesmo assim, saudades!

Meu playlist atualmente tem sido Young Folks, Little Joy ( no começo eu torci o nariz pra banda, mas me apaixonei quando vi o clip cheirando a mofo de No One’s Better Sake), Pat Benatar (influência musical direta de Guitar Hero!!!) e o novo CD do Nosso Tom.

Pra fechar 3 congratulações:
Parabéns à Karollina Di Paula Rodrigues Salgado, pelo lindo título de 3 princesa do carnaval.
Parabéns ao primo Neto pela aprovação no vestibular de medicina da UFPA. Bem vindo ao clube!
Parabens ao primo-irmão Lucas por ter passado na residência pra neurologia. Cacete, o tio Paru deve ser o pai mais orgulhoso do mundo por causa desses 2, viu!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

1989

Eu? Bem, eu sou um típico produto da minha geração. Assim como meu pai foi um típico de sua geração e meus avós, bem, ainda não se inventara a adolescência naquela época.
Crescemos em um mundo pós queda do muro de Berlim. Nenhuma grande utopia tocou os nossos corações. Nós não vamos mudar o mundo! Não através de uma revolução. A nossa luta é contra nós mesmos, os nossos hábitos. Contra o aquecimento global, o desmatamento, o câncer, a pobreza. Acho que a questão é mais transformar esse capitalismo excessivamente idiota, que teve total liberdade de mercado e por isso deu um tiro no pé.
Eu faço parte da primeira geração da história que teve pais legais. Os meus, pelo menos, foram ótimos. O fato é que além de amá-los profundamente, muitos puderam gostar deles também. Somos também acostumados com o divorcio, com famílias em formato de mosaico. Não foi meu caso, mas eu nunca deixei de ser amiga de uma coleguinha que tinha a mãe desquitada.
Eu sou uma brasileira de classe média ordinária. Eu tenho internet de banda larga e uma grande mesa de estudos no meu quarto. Eu posso passar o dia inteiro aqui, descendo somente para comer. A rua não foi meu parquinho, até porque eu cresci com medo dela. Acuada pela violência.
Nunca fui pressionada a pertencer a uma tribo. Sempre pude ser tão nerd quanto paty, tão cdf quanto baladeira. Ninguém nunca me recriminou por ir ao pagode e ouvir interpol em casa.
Nós temos muita informação. Nós temos o google, a wikipédia, o youtube, os blogs, o myspace e a livre informação. Eu não vi nem um terço dos filmes cujos nomes e roteiros eu tenho certa familiaridade. A maioria das bandas que escuto, conheço só uma ou duas musicas.
Nós somos uma geração meio incompreendida, os velhos nos chamam de alienados, mas somos na verdade pé no chão. Sim, lógico, em muitos pontos somos uns bostas. Mas eu quero só ver, daqui a 41 anos, quem vai ter feito mais pelo mundo, a geração de 68 que hoje está no poder, ou nós, os acomodados.
P.S: Perdoem-me eventuais erros de digitação ou concordância. Eles sempre aparecem, mesmo após muitas revisões. E hoje, especialmente, não pude revisar. O texto ficou grande e já está tarde...(Como se meu blog fosse lido por milhares e milhares de pessoas!)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Eu que já não quero mais ser um vencedor,
levo a vida devagar pra não faltar amor

Olha você e diz que não
vive a esconder o coração

Não faz isso, amigo
Já se sabe que você
só procura abrigo,
mas não deixa ninguém ver
Por que será ?
( O vencedor - Los Hermanos)

Minha singela homenagem a ultima pessoa que leria esse blog.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Pensamento 1

Quanto mais eu tento fazer, mais eu sinto que não há nada a ser feito.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Pensamentos

Por mais antiquado, ultrapassado, improvável e inadequado que possa ser, algumas idéias são simplesmente bonitas demais para serem esquecidas.
Às vezes eu duvido que certas coisas sirvam para mim. Às vezes eu duvido que eu conseguiria abrir mão dos meus maus hábitos. Eu gosto demais do meu umbigo.
Mas a verdade é que de todas as pessoas que conheço você me faz pensar que talvez comigo pudesse funcionar. Não sei, talvez seja só a distancia entre a idéia e a realidade que me faça encasquetar com isso. Mas esses são, provavelmente, os mais belos pensamentos que tenho.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Impaciente.

Eu me transformei em um Garfiled, só que menos ruivo. Sério mesmo, tudo o que tenho feito é comer e dormir. Isso tem me irritado profundamente.
Odeio o meu atual estado de torpor. Porque ao mesmo tempo em que me sinto inconformada, revoltada com o mundo, eu também não consigo me expressar a contento. Nada do que venho escrevendo me satisfaz, nada diz realmente o que tenho pensado. Não vejo a hora dessa nuvem passar. Já fiquei tempo demais sob neblina, agora conto os dias, impaciente, para ter pelo menos minha cabeça funcionando como sempre.