segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ele veio assim devagar, quase como se fosse uma inconseqüência. E se instalou na minha vida rápido como se estivesse estado sempre ali presente. Fez eu me lembrar dos meus sonhos de criança, que há muito eu aprendera a considerar como bobagens ingênuas. Fez-me engolir minha pose de má! Eu ando tão feliz que nem parece que estou a viver a minha vida! O nome do milagre? Magicamente dessa vez eu posso falar! Luiz Carlos.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Meu deus do céu, hoje eu vejo com tanta clareza que eu tinha tudo pra ter sido feliz contigo e mesmo assim não foi. Eu na minha mania tola de achar que nós dois tínhamos que durar pra sempre, achando que se eu racionasse a felicidade a gente podia fazer durar.Eu devia ter aproveitado e ter sido extremamente feliz com você por 5 minutos, ao invés de 5 meses de um não relacionamento mirrado.
Por mais que você tenha me feito todo o mal do mundo, tenha me sacaneado de todas as formas e publicamente, eu não consigo deixar de assumir a minha parcela de culpa no desastre que nós fomos. Porque tão ranzinza, Marta Freitas, porque tão ranzinza? Eu tinha medo, muito medo, de me fuder. Porque sabia que era meio inevitável, que com você o destino sempre a ladeira abaixo. Então tentei racionar felicidade na esperança de que isso também racionasse a dor. Bobagem minha! Doeu do mesmo jeito, doeu pra caralho.
E hoje eu vejo com tanta clareza que eu não sou do tipo que se apaixona todos os dias. Tanta clareza! Que eu devia ter aproveitado você quando eu tive a chance, ter aproveitado tudo aquilo. Mas agora passou, e eu não vivi nem metade de tudo aquilo que eu sentia por você. Pena, porque no final eu acho tudo isso tão bonito, até a dor fica bonita quando num quadro olhado a distancia. Você é mais uma daquelas coisas que eu não queria que tivesse passado, mas tudo nessa vida passa! Coisas boas e ruins. E eu espero que da próxima vez que vier, não venha com tanto medo de sofrer, para que eu posso enfim viver 100% da intensidade dos meus sentimentos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Um belo dia você acorda sem autorização de sentir nada do que você sentiu outrora!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

The world I love
The tears I drop
To be part of
The wave can't stop
Ever wonder if it's all for you
The world I love
The trains I hop
To be part of
The wave can't stop
Come on tell me when it's time to
E sempre tem aquela pessoa que você admira a distância, e que nem sabe que você existe. Não estou falando de uma paixonite, até mesmo porque isto seria meio impossível. Só mesmo pura e simples admiração.
Porque existe uma distância tremenda entre o que nós temos vivenciado em nossos cotidianos, e mesmo assim eu sempre paro pra ler o que ela escreve. Porque eu sempre consigo pegar alguma coisa, distorcer e encaixar na minha realidade. Mesmo que eu esteja infinitamente mais feliz com a minha vida, eu consigo me solidarizar com tudo aquilo.
Vontade de pegar essa pessoa no colo e dizer que tudo vai passar, que tudo isso tem solução e que é muito mais simples do que parece. É só romper com um ou dois preconceitos, e se aceitar por aquilo que se é. E que é possível sim ser feliz, mesmo sendo sentimental e sensível demais para esse mundo. “Eu já estive onde você esta, minha querida pessoa, eu já andei por essa estrada tortuosa. E te digo que nada disso é normal, que isso é só uma parte de quem você é. E a vida é boa, muito melhor do que pode parecer, é só você deixar alguém te ajudar apropriadamente.”

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Fiz!

Mais por mim mesma do que por qualquer outro motivo. Fiz por todas as vezes que eu já quis ser perdoada e não fui. Por todas as vezes que eu não consegui me perdoar. Por todas as coisas boas que se perderam ao longo do caminho.
Fiz porque uma das únicas coisas boas que eu posso controlar nesse mundo é a minha própria generosidade. Fiz porque fazia muito tempo que estava matutando essa idéia, e de certa forma era uma coisa que me incomodava. Fiz pra não pensar mais nisso, pra não pensar mas no “Se”. Fiz porque era a parte que me cabia fazer, tudo o que eu poderia ter feito em relação a isso.
Fiz meio já sem esperanças de que realmente dê em alguma coisa, sabendo que muito provavelmente não vai dar em nada. Mas fiz! E agora ninguém pode me acusar de não ter dado o braço a torcer, mesmo tendo razão em não fazê-lo.
Fiz na esperança de amenizar essa sensação de que o mal venceu o bem de goleada. Fiz pra que pelo menos as coisas não sejam tão estranhas de agora em diante. Fiz na esperança de viver em paz.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

"Gosto de muitas coisas ao mesmo tempo e me confundo inteiro e fico todo enrolado correndo de uma estrela cadente para outra até desistir. Assim é a noite, e é isso que ela faz com você, eu não tinha nada a oferecer a ninguém, a não ser minha própria confusão."
(Jack Kerouac)
Tive uma vontade repentina de apagar tudo, tudo, tudo que já postei nesse blog. Nem sempre você olha pra si e gosta do que vê. Mas acabei deixando quieto mesmo. Só apaguei aquele maldito post idiota sobre o Marylin Manson pq acaba fazendo meu blog ser mais visitado do que ele realmente merece. Mais visitado do que ele foi criado pra ser.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Um reflexão: As pessoas mais legais do mundo fazem medicina, cara! O problema é q as mais chatas também...

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Dia desses fui surpreendida com uma afirmativa a meu respeito, que agora faz todo o sentido, mas que nunca me ocorrera antes. Uma amiga me falou que o meu problema era que eu desistia muito fácil.

domingo, 5 de junho de 2011

Em horas como essa eu percebo o quanto eu era próxima a você, dependente de você. Porque durante 3 anos você foi meu pequeno milagre particular, a pessoa com quem eu podia contar nessas longas horas de vácuo emocional.
E então você foi embora, ligou o “foda-se” e se foi. E eu fiquei sem entender nada! Por que na minha cabeça de cão adestrado a gente só recebe o que merece, e eu nada fizera para merecer aquilo. E nada me fazia muito sentido, e na hora eu analisei erradamente o balanço de perdas e ganhos. E aqui me vejo sentindo a sua falta, e percebendo que pequenos milagres particulares não acontecem todos os dias.
E eu percebi que eu sempre tive sorte por ter tido por perto pessoas como você e alguns outros que preencheram a vaga, pessoas que faziam as vezes de almas irmãs, pessoas com quem eu tinha aquela empatia, afinidade de passar boas horas juntos vivendo o mesmo tipo de vida. Mas agora eu percebi que aquilo de sempre ter alguém como você por perto era apenas sorte de principiante. E na vida há momentos em que você fica sozinha, e que não há pessoa no mundo pra entender que porra de solidão incurável é essa que a Marta sente. Porque até hoje meus melhores companheiros sempre foram os que entenderam bem que tipo de solidão eu estava a sentir, que se identificaram com isso.
Aqui estou eu sentindo a sua falta, e sabendo que as escolhas foram feitas, e que nenhuma delas me envolvia. Que tudo isso é independente da minha vontade. Aqui estou eu sem nenhuma companhia a altura, sem nenhuma alma gêmea momentânea pra me ajudar a lidar com minha dor, pra dividir tudo isso e com quem me sentir realmente confortável.

sábado, 14 de maio de 2011

E cada dia eu me acho mais parecida com meu pai. É com alegria que eu me olho no espelho e vejo o sorriso dele em mim.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Se os homens menstruassem

Gloria Steinem - 1978
In: Memórias da Transgressão. Tradução de Claudia Costa Guimarães. Rio de Janeiro: Record: Rosa dos Tempos, 1997.

Morar na Índia me fez compreender que a minoria branca do mun­do passou séculos nos enganando para que acreditássemos que a pele branca faz uma pessoa superior a outra. Mas na verdade a pele bran­ca só é mais suscetível aos raios ultravioleta e propensa a rugas.

Ler Freud me deixou igualmente cética quanto à inveja do pê­nis. O poder de dar à luz faz a "inveja do útero" mais lógica e um órgão tão externo e desprotegido como o pênis deixa os homens extremamente vulneráveis.

Mas ao ouvir recentemente uma mulher descrever a chegada inesperada de sua menstruação (uma mancha vermelha se espalhara em seu vestido enquanto ela discutia, inflamada, num palco) eu ain­da ranjo os dentes de constrangimento. Isto é, até ela explicar que quando foi informada aos sussurros deste acontecimento óbvio, ela dissera a uma platéia 100% masculina: "Vocês deveriam estar orgu­lhosos de ter uma mulher menstruada em seu palco. É provavelmente a primeira coisa real que acontece com vocês em muitos anos!"

Risos. Alívio. Ela transformara o negativo em positivo. E de al­guma forma sua história se misturou à Índia e a Freud para me fazer compreender finalmente o poder do pensamento positivo. Tudo o que for característico de um grupo "superior" será sempre usado como justificativa para sua superioridade e tudo o que for característico de um grupo "inferior" será usado para justificar suas provações. Ho­mens negros eram recrutados para empregos mal pagos por serem, segundo diziam, mais fortes do que os brancos, enquanto as mulhe­res eram relegadas a empregos mal pagos por serem mais "fracas". Como disse o garotinho quando lhe perguntaram se ele gostaria de ser advogado quando crescesse, como a mãe, "Que nada, isso é tra­balho de mulher." A lógica nada tem a ver com a opressão.

Então, o que aconteceria se, de repente, como num passe de mágica, os homens menstruassem e as mulheres não?

Claramente, a menstruação se tornaria motivo de inveja, de gabações, um evento tipicamente masculino:
Os homens se gabariam da duração e do volume.
Os rapazes se refeririam a ela como o invejadíssimo marco do início da masculinidade. Presentes, cerimônias religiosas, jantares familiares e festinhas de rapazes marcariam o dia.

Para evitar uma perda mensal de produtividade entre os pode­rosos, o Congresso fundaria o Instituto Nacional da Dismenorréia. Os médicos pesquisariam muito pouco a respeito dos males do cora­ção, contra os quais os homens estariam, hormonalmente, protegi­dos e muito a respeito das cólicas menstruais.

Absorventes íntimos seriam subsidiados pelo governo federal e teriam sua distribuição gratuita. E, é claro, muitos homens pagariam mais caro pelo prestígio de marcas como Tampões Paul Newman, Absorventes Mohammad Ali, John Wayne Absorventes Super e Miniabsorventes e Suportes Atléticos Joe Namath - "Para aqueles dias de fluxo leve".

As estatísticas mostrariam que o desempenho masculino nos esportes melhora durante a menstruação, período no qual conquis­tam um maior número de medalhas olímpicas.

Generais, direitistas, políticos e fundamentalistas religiosos ci­tariam a menstruação ("men-struação", de homem em inglês) como prova de que só mesmo os homens poderiam servir a Deus e à nação nos campos de batalha ("Você precisa dar seu sangue para tirar san­gue"), ocupariam os mais altos cargos ("Como é que as mulheres podem ser ferozes o bastante sem um ciclo mensal regido pelo planeta Marte?"), ser padres, pastores, o Próprio Deus ("Ele nos deu este sangue pelos nossos pecados"), ou rabinos ("Como não possuem uma purgação mensal para as suas impurezas, as mulheres não são limpas").

Liberais do sexo masculino insistiriam em que as mulheres são seres iguais, apenas diferentes. Diriam também que qualquer mu­lher poderia se juntar à sua luta, contanto que reconhecesse a supre­macia dos direitos menstruais ("O resto não passa de uma questão") ou então teria de ferir-se seriamente uma vez por mês ("Você precisa dar seu sangue pela revolução").

O povo da malandragem inventaria novas gírias (“Aquele ali é de usar três absorventes de cada vez") e se cumprimentariam, com toda a malandragem, pelas esquinas dizendo coisas tais como:
- Cara, tu tá bonito pacas!
- É cara, tô de chico!

Programas de televisão discutiriam abertamente o assunto. (No seriado Happy Days: Richie e Potsie tentam convencer Fonzie de que ele ainda é "The Fonz", embora tenha pulado duas menstruações seguidas. Hilt Street Blues: o distrito policial inteiro entra no mesmo ciclo.) Assim como os jornais. (TERROR DO VERÃO: TUBARÕES AMEAÇAM HOMENS MENSTRUADOS. JUIZ CITA MENSTRUAÇÃO EM PERDÃO A ESTUPRADOR.) E os filmes fariam o mesmo (Newman e Redford em Irmãos de San­gue).

Os homens convenceriam as mulheres de que o sexo é mais prazeroso "naqueles dias". Diriam que as lésbicas têm medo de san­gue e, portanto, da própria vida, embora elas precisassem mesmo era de um bom homem menstruado.

As faculdades de medicina limitariam o ingresso de mulheres ("elas podem desmaiar ao verem sangue").

É claro que os intelectuais criariam os argumentos mais morais e mais lógicos. Sem aquele dom biológico para medir os ciclos da lua e dos planetas, como pode uma mulher dominar qualquer disci­plina que exigisse uma maior noção de tempo, de espaço e da mate­mática, ou mesmo a habilidade de medir o que quer que fosse? Na filosofia e na religião, como pode uma mulher compensar o fato de estar desconectada do ritmo do universo? Ou mesmo, como pode compensar a falta de uma morte simbólica e da ressurreição todo mês?

A menopausa seria celebrada como um acontecimento positivo, o símbolo de que os homens já haviam acumulado uma quantidade suficiente de sabedoria cíclica para não precisar mais da menstrua­ção.

Os liberais do sexo masculino de todas as áreas seriam gentis com as mulheres. O fato "desses seres" não possuírem o dom de medir a vida, os liberais explicariam, já é em si castigo bastante.

E como será que as mulheres seriam treinadas para reagir? Pode­mos imaginar uma mulher da direita concordando com todos os argu­mentos com um masoquismo valente e sorridente. (“A Emenda de Igual­dade de Direitos forçaria as donas de casa a se ferirem todos os meses": Phyllis Schlafy. "O sangue de seu marido é tão sagrado quanto o de Jesus e, portanto, sexy também!": Marabel Morgan.) Reformistas e Abelhas Rainhas ajustariam suas vidas em torno dos homens que as rodeariam. As feministas explicariam incansavelmente que os homens também precisam ser libertados da falsa impressão da agressividade marciana, assim como as mulheres teriam de escapar às amarras da "inveja mens­trual". As feministas radicais diriam ainda que a opressão das que não menstruam é o padrão para todas as outras opressões. ("Os vampiros foram os primeiros a lutar pela nossa liberdade!") As feministas cultu­rais exaltariam as imagens femininas, sem sangue, na arte e na literatu­ra. As feministas socialistas insistiriam em que, uma vez que o capitalis­mo e o imperialismo fossem derrubados, as mulheres também mens­truariam. ("Se as mulheres não menstruam hoje, na Rússia", explicariam, "é apenas porque o verdadeiro socialismo não pode existir rodeado pelo capitalismo.”)

Em suma, nós descobriríamos, como já deveríamos ter adivinhado, que a lógica está nos olhos do lógico. (Por exemplo, aqui está uma idéia para os teóricos e lógicos: se é verdade que as mulheres se tor­nam menos racionais e mais emocionais no início do ciclo menstrual, quando o nível de hormônios femininos está mais baixo do que nunca, então por que não seria lógico afirmar que em tais dias as mulheres comportam-se mais como os homens se portam o mês inteiro? Eu deixo outros improvisos a seu cargo.

A verdade é que, se os homens menstruassem, as justificativas do poder simplesmente se estenderiam, sem parar.

Se permitíssemos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Felicidade repentina, sem motivo razão ou plausibilidade biológica.


Eu não perco essa mania de pensar na vida com 10 anos de antecedência.
Sobre o dia de hoje, eu só consigo pensar a respeito dele nos seguintes termos: Como vou lembra-lo quando tudo isso estiver longe. Vou lembrar da alegria épica que senti quando a professora anunciou que a prova seria em dupla. Vou lembrar do citocromo P450 e suas enzimas (que ninguém estudou). Vou lembrar que todo mundo sabia quais eram as reações de 1ª tipo, mas que ninguém se lembrou de estudar as de 2ª. Lembrarei que até a professora passou cola! Mas, acima de tudo, vou me lembrar do quão feliz me senti por estar fazendo uma prova anormalmente longa de fármaco, em uma semana especialmente escrota na UEPA.
Eu sei que sou uma pessoa estranha demais, porque vejo alegria onde não tem. Porque as vezes eu amo a minha vida tão loucamente que vejo poesia numa prova, numa quarta-feira chuvosa.
Eu não sei se as pessoas conseguem alcançar meu estado de espírito. É melhor estar viva e enrolada com as coisas normais da vida do que estar apática, olhando a vida acontecer à distância. Hoje eu estou feliz porque várias vezes pensei em desistir, mas segui adiante. E, ao seguir, vi as coisas se encaixarem, se não da maneira ideal, pelo menos do jeito que deu.
Não tenho pretensão de que alguém entenda meus motivos. Há muito já me conformei que bato ponto no clube das pessoas loucas. Mas, se algum dia você acordar com o humor tão bom a ponto de querer sorrir até pro azar, então porque não sorrir?? Afinal, se tem algo que eu já aprendi sobre a vida até aqui e que, em alguns dias, você é feliz, em outros, você não é. Simples assim. Cruel até.

domingo, 3 de abril de 2011

Hoje eu to com MUITA saudade do meu pai. Definitivamente não é o melhor dia pra estudar Insuficiência Cardíaca.
Hoje é aniversário do papai. E essa tríade medicina/pai/orfandade sempre mexeu muito comigo, e eu nunca fiz muita questão de esconder. E como se eu tivesse passado a vida inteira jogando pra fazer um gol pra uma pessoa, e na hora que consegui marcar, a pessoa não tava mais pra ver. Esse tipo de frustração você carrega a vida inteira, não tem jeito.
E esse processo todo de descobrir um motivo pra fazer as coisas por mim mesma, de tentar saber se é isso mesmo de fato e depois aceitar que sim, é isso mesmo e que é por mim e não por ninguém mais... Esse longo processo todo que eu tenho passado nos últimos 5 anos da minha vida... Tem sido um saco!
Eu nunca pensei que fosse me tornar uma pessoa tão complicada justamente logo depois de ter conseguido o que eu quis a vida inteira. Mas aconteceu, né. É a minha história e tal e coisa. As vezes eu fico muito puta das coisas terem acontecido da forma como foram. Às vezes eu queria que as coisas tivessem sido, se não simples, ao menos não tão traumáticas. Eu queria estar onde eu devia estar, não onde eu to! Porém reclamar não vai mudar nada, ficar se lamentando é perda de tempo. Finalmente eu aprendi isso, depois de ter perdido todo o tempo que eu dispunha pra perder.
Irônico isso, logo eu que sempre vi a vida em prazos e metas, que sempre via as coisas na minha vida com 10 anos de antecedência, que me desesperava com as coisas, com o tempo. Agora tô aqui tentando aceitar que a vida é mais flexível do que minha sabedoria de menina de 16 anos supunha.
Eu reconheço que aprendi algumas coisas legais no processo. Aprendi a me soltar, a me importar menos (isso é um aprendizado contínuo, diga-se de passagem), aprendi a erguer a cabeça e seguir em frente quando as coisas não saem como eu queria, e isso pra mim é muito importante porque antigamente eu me acovardava diante da vida que nem uma tartaruga! Mas essas coisas eu aprendi na marra, apanhando de todos os lados. E sim, eu tenho ressentimentos quanto a todo esse processo, eu tenho saudades dos meus planos redondos. Pergunto-me como seria a vida se tudo tivesse dado certo até aqui. Esses momentos são rápidos, até porque, como já disse, não adianta perder tempo se lamentando. Mas eles existem e não são agradáveis.
Engraçado que eu tenho a impressão de que vi a vida toda que eu tinha vivido até então desmoronar diante de mim. E não foram coisas concretas, não foi a minha casa que caiu ou alguma tragédia natural, foram coisas abstratas, e essas coisas são complicadas de lidar.
E aqui estou eu, reconstruindo tijolinho por tijolinho. Tentando conciliar tudo que eu aprendi nesse tempo, tudo que mudou em mim, com as coisas que eu ainda quero que dêem certo. E nem sempre as coisas dão certo, e às vezes eu me frustro tremendamente.
Se eu tivesse simplesmente mudado e seguido outros rumos, teria sido muito mais fácil pros outros compreenderem as coisas. Teria sido mais fácil reconstruir com coisas novas! Mas essa coisa toda de mudar tanto, pra descobrir-se querendo ainda as mesmas coisas de antes, e ter que recomeçar tudinho com passinho de formiguinha, isso é complicado e de difícil assimilação. E como se não bastasse eu me sentir perdida simplesmente por conta da situação onde me encontro, ainda me sinto profundamente incompreendida.
Desabafo de uma pessoa meio desesperada e estressada com as coisas. Mas, pra fechar com uma coisa otimista eu digo com tranqüilidade que as coisas já melhoraram uns 75%, 80%. E a vida é assim mesmo, seguindo em frente.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Something's wrong with me, Nana

"It never feels ... enough. Is it too much to ask for someone to be interesting? I just want to feel equal. Is it too much?"

quarta-feira, 2 de março de 2011

"Só vou te contar porquê você já é de casa...

... eu tenho um lado doce que quase ninguém vê."

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Eu sou uma pessoa normal. E, por mais estranha que você pense que eu seja, no final eu só quero o que todas as pessoas normais do mundo querem: alguma dose de segurança emocional para poder gostar de você.
Porque eu gosto de você para caralho. E, por algum tempo, achei que eu podia fazer tudo dar certo mantendo esse sentimento trancado a 7 chaves. Que se eu não te assustasse com as minhas sentimentalidades, você não teria motivos para fugir e nós poderíamos fingir que tudo estava bem.
Meu plano não deu muito certo. Você foi embora, e me disse todas aquelas palavras duras... E eu aceitei que você bem que poderia estar comigo se quisesse, mas não quis. Eu não enchi o saco de ninguém com isso, não culpei ninguém por isso. Fui o mais leal que consegui ser! As coisas são o que são, afinal.
Entretanto, há algo de errado habitando meu coração. Porque no fundo, no fundo eu não consigo esquecer a idéia de que eu sou a mulher certa para você.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Eu sou tão covarde passivo agressiva que brigo com meus amigos via twitter!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Nas madrugadas solitárias de férias eu me torno uma pessoa muito apaixonada. Como eu não costumo ser, como eu gostaria de ser! Eu me torno aquela pessoa cheia de demonstrações de carinho, cheia de momentos doces. Eu me torno quem não sou!
Nas madrugadas eu me lembro de você e de como eu gostava do seu sorriso. Como eu gostava de nós dois. Do nosso jeito, da nossa inadequação. Como era fácil, com você gentilmente fingindo não se importar com minhas grosserias (que eram muitas). Como era mais fácil ser eu em tais condições. Eu pensei que aquilo lá podia dar certo, de que a gente podia ficar junto, do nosso jeito meio torto e esquisito.
O que eu gostava em nós dois era a indefinição. Porque abria espaço pra tantas coisas, tanta esperança, tantos sonhos. A realidade, concreta realidade dos fatos, é uma merda. Uma série de decepções que, pouco a pouco, destroem tudo! Nós não tínhamos nada disso, éramos apenas duas pessoas em um vácuo de tempo. Ninguém soube da nossa existência. Nós éramos a irrealidade.
Mas o inescapável nos bateu a porta. Nós somos apenas duas pessoas inseguras, incapazes de enfrentar o mundo como ele. Inadequadas para a tal realidade. O que nós fomos é tão pouco perto do que poderíamos ter sido...

domingo, 9 de janeiro de 2011

Como eu quero - Kid Abelha

Diz prá eu ficar muda
Faz cara de mistério
Tira essa bermuda
Que eu quero você sério...

Tramas do sucesso
Mundo particular
Solos de guitarra
Não vão me conquistar...

Uh! eu quero você
Como eu quero!
Uh! eu quero você
Como eu quero!...(x2)

O que você precisa
É de um retoque total
Vou transformar o seu rascunho
Em arte final...

Agora não tem jeito
Cê tá numa cilada
Cada um por si
Você por mim e mais nada...

Uh! eu quero você
Como eu quero!
Uh! eu quero você
Como eu quero!...

Longe do meu domínio
Cê vai de mal a pior
Vem que eu te ensino
Como ser bem melhor...

Longe do meu domínio
Cê vai de mal a pior
Vem que eu te ensino
Como ser bem melhor...
(Bem melhor!)...

Uh! eu quero você
Como eu quero!
Uh! eu quero você
Como eu quero!...(2x)


Composição: Leoni e Paula Toller