quinta-feira, 14 de maio de 2009

Fofoletes da minha vida.



Final do convênio, eu me lembro bem, aquela melancolia no ar, aquela incerteza em relação ao destino. Chorei muito nessa época de minha vida. Pressão absurda do vestibular, incertezas a respeito do futuro, um mundo totalmente diferente a espreita. Ninguém sabia muito bem o que iria acontecer, quem ia passar no vestibular, quem não, quem iria permanecer amigo, quem iria desaparecer.
Eu tive sorte de ter feito convênio na melhor turma que o colégio Santa Catarina de Senna já teve, tanto em resultados como em atitude. Quase sem exceção, todas aquelas pessoas valem uma saudadezinha. Nem que seja de uma piadinha feita 5 horas da tarde, véspera de simulado, a respeito do vestibular de alguma faculdade particular.
Mas, de todas as incertezas, a mais dolorosa, até mais do que a do resultado do vestibular em si, era a incerteza quanto ao futuro das minhas amizades. Especificamente, a incerteza quanto ao futuro das Fofoletes. Logo eu, que sempre fui a mais distante, a mais na minha, a que disfarçava qualquer sentimento com gracinhas e a que muitas vezes preferia interagir com todo mundo menos com as garotas da minha vida. Eu jurava que iria ser a primeira de quem iriam esquecer.
Hoje, quase 3 anos depois, fico feliz em ver que não, que elas continuam sendo as garotas da minha vida, as mais legais, as mais bonitas! Que a gente continua firme e forte, do jeito que dá! E que, apesar de eu ser completamente maluca e desequilibrada, sempre que volto para CASA elas estão de braços abertos, tentando quebrar a minha casca e me fazer ver que eu não sou forte, que eu não preciso ser forte por todo o mundo e que também não preciso me envergonhar da minha fraqueza como um bicho ferido que se afasta da manada.
É lindo saber que me sinto ligada a elas hoje, mais do que antes. É lindo saber que apesar de nem sempre parecer eu as amo, todas, e as considero grande parte do meu sol.

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