segunda-feira, 16 de março de 2009

Verdades por de trás de um hábito

Grande parte de quem somos é formada por nossos hábitos. Os meus, pelo menos, são bem sinceros a meu respeito. Mesmo os que odeio! Leva-se muito tempo para se tentar ser uma pessoa interessante. Bons filmes, boas músicas, opiniões sobre religião, política e futebol... Mas o dia a dia, se bem observado, te desconstrói, tira tua maquiagem, quebra teu salto, bagunça teu cabelo.
É difícil mudar um hábito, mais difícil ainda mudar um mau hábito. Parar de comer comida salgada no almoço, deixar de ser sedentária, estudar duas horas todos os dias, deixar de passar tanto tempo no msn e ir ler um livro... Todas essas coisas que me deixariam uma pessoa melhor. As coisas que me tornariam a pessoa que eu quero ser, e não simplesmente quem sou.
Tanta enrolação para dizer o quão difícil é te esquecer. Porque eu sou muito acostumada com a nossa pseudorelação, é muito familiar, muito segura. És uma solução deliciosamente fácil para os dias ruins, um sorriso garantido, as vezes até a tua indiferença é melhor do que o vazio de um nada.
Existem dias em que eu tenho que lutar com forças que vão além de mim para simplesmente não ceder ao alívio rápido da tua companhia. Porque eu sei que isso não é solução para nada, pelo contrário, é apenas um subterfúgio utilizado por uma criança que não sabe lidar com seus problemas. O alívio que proporcionas a minha solidão é apenas uma desculpa para eu continuar sozinha. Minha desculpa para sair dizendo aos 4 ventos que lido bem com isso, que não preciso de ninguém me regulando. Minha mascara de auto-suficiência.
Finalmente eu cansei da já tradicional frustração semestral. Não tenho mais paciência para esperanças vãs. Até para uma sonhadora como eu, chega uma hora em que se quer qualquer coisa concreta, nem que seja uma decepção com algum carinha que definitivamente não é como você.
Mas sabe de uma coisa? Você tem me ajudado a perder o costume. Porque toda a vez que a vontade aperta, eu tenho tomado a decisão de esperar você fazer algo. Surpreendentemente, você nunca faz nada! Isso renova as minhas forças, porque renova a minha certeza de que essa história é unilateral. Estou a passos de perder o meu pior hábito. Antes só do que apenas sem você!

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