E se eu puder simplesmente não entender as convenções?
E se eu puder simplesmente não seguir mais o que eu não acredito?
E se eu puder ser honesta comigo, sem hipocrisia?
E se me for permitido alcançar minha utopia de sinceridade, por pelo menos 10, 15 minutos? Então porque não ser sincera? Pra que não viver o “sonho”, ao invés de ser o que se espera que eu seja?
Porque é possível sim ser inteiramente feliz e pleno com o que se tem, ao invés de sempre amargo, esperando mais. Porque o Mais talvez não seja a realidade. A realidade é que eu não sou mais o que sonhei aos 15 anos, há muito tempo. A realidade é o presente, e todas as coisas que me trouxeram até aqui. Não um plano, uma cartilha sobre “Como as coisas devem ser”.
Sabe aquela velha história de fazer limonada com os limões que a vida dá? Acho que quase ninguém me dá os créditos por todos os limões que a vida já me deu, e de quanta limonada eu já não fiz pra não enlouquecer. Pois bem, se agora eu decidir que quero fazer caipirosca com o que me restou de limão azedo, ninguém tem nada a ver com isso.
Porque eu percebi que talvez exista um lugar, uma ilha encantada não muito distante, onde honestidade gere de fato honestidade. Onde eu não vou bancar a eterna boba por conta disso. Onde eu não serei mais um troféu barato a ser ludibriado.
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